Uma operação conjunta autuou 18 motoristas, entre 9h15 e 14h de ontem, por estarem com seus veículos com nível indevido de emissão de fumaça. Ao todo, foram analisados 516 caminhões e caminhonetes movidos a diesel. A blitz, chamada “Fumaça Preta”, é realizada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Polícia Rodoviária.
As análises foram feitas de duas maneiras, como explica Joselito Elias Correa, coordenador da operação e técnico ambiental da Cetesb, sendo uma pelo método de Escala de Ringelmann, que é a fiscalização feita visualmente através de uma escala com cinco graduações de cores, variando do cinza claro ao preto. “Nessa mediação nós conseguimos multar sem a necessidade de parar o caminhão”, afirma. Alguns veículos, de forma aleatória, são selecionados para passarem pelo teste do opacômetro, que conta com a ajuda de sistemas eletrônicos.
Daniel Schimidt, gerente do setor de controle de emissões veiculares da Cetesb, destaca que muitas vezes um veículo é aprovado na Escala de Ringelmann, mas no teste mais rigoroso são detectados outros poluentes que não estão ligados diretamente à cor da fumaça. Schimidt orienta que no caso dos motoristas que tiveram seus veículos multados pela primeira vez, há chance de reduzir o valor em 70%, mas para isso, ele deve comprovar, posteriormente, mediante apresentação de um relatório técnico, a realização da manutenção do veículo em uma das oficinas credenciadas pela Cetesb.
A lista com os estabelecimentos habilitados pode ser encontrada no site do órgão. Já em caso de reincidência, o motorista não tem esse direito e pagará o valor da multa em dobro, podendo chegar a até R$ 11.304. A primeira multa é no valor R$ 1.413, que corresponde a 60 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp).
A bióloga Ana Marisa Gonçalves Rodrigues, da Sema, conta que desde 2010, quando começaram as operações “Fumaça Preta”, a quantidade de veículos movidos à diesel em desconformidade passou de 11% para 3,5% em 2015. “É importante que o motorista mantenha o motor do caminhão regulado, faça revisão e abasteça com combustível de boa qualidade.” Agentes da Sema colaboraram nas fiscalizações e orientaram os motoristas, autuados ou não.
Insatisfação
O caminhoneiro Osvaldo de Lima Filadelfia, 60, de Itu, foi um dos autuados e ficou insatisfeito com a blitz. “Já fui multado uma vez, fui na oficina que mandaram, mas ate agora não recebi o laudo. O sistema deles é muito falho”, afirma. O motorista diz que seu caminhão está com a manutenção em dia, mas pensa em parar com a atividade, pois, justifica, vem tendo muito prejuízo.
Já Valdemar Moreira Vidal, 44, afirma que parte da fumaça preta emitida é por conta do combustível. “Eu entendo que do mesmo jeito que eu estou trabalhando, eles também só estão fazendo o trabalho deles, mas tinham que intensificar as operações nos postos de combustível.” Vidal, que é de Indaiatuba, conta que já foi autuado uma vez e que, embora não tenha recebido pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), precisou pagar a multa para conseguir licenciar o veículo.
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Fonte/Foto: Luiz Setti